Oldack Jaoude
Coach e Consultor em Gente e Gestão – OJ Coaching
Formação Internacional em Coaching, Mestre em Administração de Empresas, Professor Universitário.

O contingente de “jovens” de 60 anos está aumentando a cada dia, e, esses, são verdadeiramente jovens para a aposentadoria ou para a síndrome do chinelo grudado no pé, assistindo Netflix, tentando preencher seus dias com algo insuficiente para sua vida hodierna.
Essas pessoas, assim como eu de 62 anos hoje, coach e consultor em gente e gestão, podem e devem estar na ativa exercendo uma coisa fundamental e maravilhosa que é a transmissão dos conhecimentos e da experiência de vida para os mais jovens que encontram problemas e criam dificuldades operacionais para as empresas devido a falta de atalhos, muitas vezes, conhecidos e trabalhados pelos mais velhos de casa.

Atualmente, estamos desenvolvendo e implementando um projeto de transição de profissionais que foram executivos de grandes, médias e pequenas empresas, nas mais variadas áreas como: suprimentos, vendas, produtos, áreas técnicas com conhecimento concentrado, RH, entre outras áreas e cargos como: gerentes, diretores e especialistas, que chegaram a um ponto muito maduro de suas carreiras, com uma capacidade cognitiva do negócio altíssima, porém, com capacidade operacional em declínio.
As empresas e o mercado chamam isso de baixa produtividade operacional, porém eu chamo de alto repositório de conhecimentos
e histórico dos negócios, das origens, da base de tudo aquilo que está erigido hoje.
O edifício grande e expressivo de hoje que não pode olvidar nem prescindir das fundações, dos alicerces pelos quais fora construído desde sempre.
Podemos arriscar a dizer que se o lindo edifício, imponente e majestoso de hoje apresenta sua face de grande sucesso ao longo dos anos, deve-se a robusta fundação, base, estrutura nas quais ele se apoia.

Traduzindo, como podemos agir para não perder essa história da empresa nem tampouco a fonte de conhecimentos vívidos que ajudam efetivamente os mais jovens executivos e pré-executivos na
empresa:

1. Identificar aqueles profissionais dentro da organização que detêm conhecimento importante no seu âmbito de ação e que queiram permanecer prestando seus melhores serviços àquela “comunidade” empresarial;
2. Engajá-los, apoia-los, empoderá-los no sentido de desprendimento do “modus operandi” atual para uma posição que podemos atribuir como de consultoria, apoio técnico, suporte técnico, mentoria, ou algo semelhante;
3. Configuração da nova situação como um órgão importante na estrutura da empresa com uma dotação de verba, com definição estratégica de atuação, estrutura de processos, ITs (instruções de trabalho), o que o torna um departamento. Constituído, não uma “invenção” de moda para reter os “mentores” que poderão sentir como um “chegapralá” que é a nossa vez;
4. Divulgar na empresa o conceito, a forma, a importância da nova área e suas possibilidades (produtos) que ajudarão a tantas áreas no sentido do desenvolvimento e orientação segura das nuances do negócio, obtida de profissionais que “ralaram” quando tudo era mais difícil, mais áridos os caminhos, mais inóspita a desbravação;
5. Treina-los, oferecer Coaching, verdadeiramente, engaja-los na nova fase de suas vidas profissionais, orgulhosamente aproveitada pelo tanto que já contribuiram para os negócios e quanto podem transmitir de conhecimentos a serem perpetuados na empresa;
6. Promover as ligações entre eles e a estrutura de gestores e de operacionais nos vários Deptos. da empresa, pois facilitarão a análise e o pensamento estratégico em momentos em que, as estruturas enxutas não conseguirão executar suas atividades e ao mesmo tempo pensar estrategicamente e, mesmo, planejar.

Citamos aqui algumas das possibilidades que tornarão real essa proposta de utilização dos “mais velhos – acima dos 60 – na capacitação e distribuição do conhecimento nas empresas.
Para finalizar, queremos deixar nossa convicção de que esse trabalho com os “seniores” de nossas empresas trará aumento de qualidade no desempenho das funções dos mais novos de empresa, bem como aumento da produtividade, fator esse que poderá ser um possível indicador para mensurar a área recém criada.